| 23/10/2005 23h20min
O secretário estadual da Justiça e da Segurança do Rio Grande do Sul, José Otávio Germano, afirmou já esperar a vitória do Não. Os eleitores gaúchos deram o maior percentual de apoio à manutenção do direito de comprar armas e munições na comparação com os outros Estados e com o Distrito Federal. Havia 86,83% dos votos válidos para o Não, quando eram contabilizados 99,99% das urnas apuradas.
Segundo Germano, o referendo propôs por meio de uma pergunta simples a discussão sobre um tema "muito complexo e muito difícil, que é a segurança pública". O secretário criticou o governo federal pela desantenção quanto ao setor e disse que as verbas eram muito pequenas para equipar as policias.
– Esta não é uma crítica ao atual governo, mas a uma política que se estende há anos no Brasil – disse Germano, ao dizer que falta vontade política para resolver o problema da violência no país.
O secretário sugeriu que a segurança pública tivesse índices para investimento previsto em lei, como ocorre com saúde e educação. Neste ano, informou o secretário, a Secretaria Nacional de Segurança Pública havia garantido injetar R$ 412 milhões para a área, montante divido entre todos os Estados brasileiros e o Distrito Federal.
– Este valor foi cortado para R$ 120 milhões em agosto. Até agora, quase novembro, só recebemos 10% do prometido – crititou o titular da Segurança no Rio Grande do Sul.
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