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Pelo menos uma entidade e um partido político relacionados ao grupo separatista basco ETA (Pátria Basca e Liberdade) participam ativamente do 2º Fórum Social Mundial. Além de entregar panfletos pedindo a independência do território basco, participaram de conferências – inclusive as do Fórum Parlamentar Mundial – e de um seminário no sábado, dia 2.
No Fórum, há representantes do sindicato Langile Abertzallen Batzordeak (LAB), que realizou uma oficina na sexta-feira, dia 1º, e participou do seminário de autodeterminação dos povos, promovido pela Liga Internacional pelos Direitos e pela Libertação dos Povos, no sábado. Dois parlamentares do partido Herri Batasuna (HB), considerado o braço político do grupo separatista, além de bascos que integram a Via Campesina estão em Porto Alegre.
Luis Cuadrado Torres foi inscrito como delegado representante do Batasuna, e Joseba Alvarez, parlamentar de Victoria, conseguiu se cadastrar como parlamentar. Eduardo Lertxundi, integrante do LAB, também se cadastrou pela Internet sem enfrentar problemas:
– Somos um sindicato que reúne várias categorias, cerca de 16.
O sindicalista, que está hospedado em um hotel no centro da Capital, contou que no ano passado participou do encontro. Destacou que a experiência de gestão pública com a participação popular por meio do Orçamento Participativo (OP) desperta interesse. Ao serem questionados sobre a vinculação ao grupo separatista, negam qualquer ligação. Reagindo à polêmica decorrente da participação dos bascos no Fórum, Alvarez frisou que seu partido é reconhecido na Espanha. Para ele, existem pressões políticas e diplomáticas em relação aos participantes.
Apesar de ter sua inscrição vetada pelo comitê do Fórum, circulavam no sábado folhetos da Askatasuna – novo nome do grupo Gestoras Pró-Amnistia, declarado ilegal pelo juiz espanhol Baltasar Garzón, que participou do Fórum de Autoridades Locais nesta semana. O grupo é apontado como um financiador do ETA.
Baseando-se na Carta de Princípios do Fórum, que não aceita entidades que tenham como critério a luta armada, Cândido Grzybowski, membro do comitê organizador, diz que a participação dos partidos e do sindicato são consideradas ilegítimas.
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