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O interesse despertado pelo Fórum Social Mundial ergueu à beira do Guaíba uma cidade que reúne cerca de 15 mil habitantes, tem dezenas de línguas oficiais, acolhe milhares de visitantes e funciona sob uma infra-estrutura pequena para atender a tanta demanda em seu território, limitado a poucos hectares.
A Cidade da Juventude Carlo Giuliani abriga ativistas, turistas, punks, artesãos, rappers, cada um compondo a paisagem com a pitada de sua cultura. Tentando dar ordem a esse enclave, um serviço de alto-falantes alerta para a programação do dia, orienta a separar o lixo seco do orgânico e denuncia o sumiço da barraca de um participante, entre outras providências.
As caixas de som também dão voz a rádios em embate com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), como a Social Mundial Comunitária (88,1 FM), mantida com a ajuda de moradores do Jardim Algarve, de Alvorada. Essas estações estão hospedadas em um galpão do Parque Maurício Sirotsky Sobrinho.
A centenas de metros dali, fica uma das instalações mais disputadas: a dos chuveiros ao ar livre. É uma dificuldade tomar banho, reclama Marta Moscao, do diretório municipal do PT de Jandira (SP).
Não temos como dar conta, porque a demanda é grande demais – lamenta José Carlos Madureira, do comitê organizador da Cidade da Juventude.
Segundo Madureira estima, de um encontro para o outro, a população inchou de 4 mil para 15 mil acampados. Um das nações com maior aumento de presença seria a norte-americana.
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