| 12/10/2005 21h16min
O legista Carlos Delmonte Printes, encontrado morto no final da tarde desta quarta, havia deixado uma carta com 12 páginas manuscrita avisando a família de que poderia ser assassinado. O documento foi encontrado no escritório onde o corpo foi encontrado, na Rua Botucatu, em São Paulo.
O médico foi o primeiro perito a examinar o corpo do prefeito de Santo André Celso Daniel, assassinado em 2002. Delmonte Printes sustentou que Daniel teria sido torturado antes de ser morto. Agora, ele é a sétima testemunha envolvida no assassinato do ex-prefeito a morrer. Logo que a notícia da morte do legista foi divulgada, foi lançada a suspeita de que poderia se tratar de um crime.
No carta deixada à família, Delmonte Printes recomenda aos parentes uma série de providências, caso fosse morto. As poucas revelações bastam para semear a suspeita de que, entre os assassinos de Daniel, exista um psicopata meticuloso e vingativo.
O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil paulista, delegado Domingos Paulo Neto disse ser pouco provável que Printes tenha sido assassinado. O legista fez há dois meses um curso com a SWAT (grupo antiterrorista norte-americano) nos EUA, onde contraiu uma forte gripe. O quadro evoluiu para uma pneumonia e uma inflamação do miocárdio (parede do coração).
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