| 29/08/2005 07h38min
Em depoimento ao Ministério Público de São Paulo, o perito-médico Carlos Delmonte Printes apresentou novas evidências de que o ex-prefeito de Santo André Celso Daniel foi torturado com crueldade antes de ser assassinado em janeiro de 2002. Printes afastou a hipótese de homicídio em seguida a seqüestro.
Segundo o perito, responsável pela assinatura do laudo da morte, os assassinos demonstraram "raiva e desprezo", o que não é compatível com crimes contra o patrimônio. Segundo os promotores que trabalham no caso, o depoimento dá novos rumos à investigação sobre a morte do prefeito, assassinado na época em que coordenava o programa de governo do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva.
– Nós trabalhávamos com a hipótese de crime de mando. Ele nos mostrou que houve um crime por ódio – afirmou o promotor de Justiça Roberto Wider.
Ao depor, Printes disse que os assassinos fizeram um "esculacho" – jargão usado para as execuções com requintes de crueldade. Antes de fazer disparos diretamente no rosto e no tórax, torturaram-no no cativeiro.
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