| 08/09/2005 12h52min
Embora deputados governistas a oposionistas defendam a saída de Severino Cavalcanti (PP-PE) da presidência da Câmara, ainda não há consenso sobre como se daria a substituição dele.
Unidos na oposição ao governo, PFL e PSDB divergem sobre o assunto. Os tucanos defendem o afastamento de Severino e a convocação imediata de eleição para o cargo. O PFL prefere, no entanto, apenas o afastamento temporário de Severino, para que o primeiro vice-presidente José Thomaz Nonô (PFL-AL) fique no cargo por pelo menos 120 dias. Enquanto isso, nomes de deputados já estão sendo lançados.
Independentemente das divergências entre PFL e PSDB, o deputado oposicionista Raul Jungmann (PPS-PE) defende a saída de Severino. Ele acredita, contudo, que a permanência de Nonô no comando da Câmara é ruim.
– Sou frontalmente contrário a isso. Defendo uma nova eleição para a presidência, cinco sessões após a saída de Severino. Não creio que o PFL vá insistir nessa tática, porque paralisaria a Câmara por 120 dias. O governo não toparia e passaria a obstruir as votações. É trocar seis por meia dúzia – diz.
Jungmann voltou a dizer hoje que os partidos de oposição entrarão com o pedido de cassação de Severino na próxima terça. Porém, enquanto isso, as lideranças de diferentes partidos já começam a discutir nomes para ocupar a presidência da Câmara. O deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ) afirmou que o ideal seria um deputado do PT com bom trânsito na oposição:
– Tanto Sigmaringa Seixas (PT-DF) quanto José Eduardo Cardozo (PT-SP) seriam boas escolhas – disse o tucano.
O PPS prefere um não-petista, mas admite dificuldades porque os demais partidos que compõem a base governista também estão envolvidos nas denúncias de corrupção. As exceções são o PSB, que poderia lançar Eduardo Campos (PE), e o PCdoB, de Aldo Rebelo (SP).
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