O governo da Argentina autorizou o funcionamento dos bancos a partir desta quinta-feira, dia 27, sem negociar dólares. Garantiu ainda a retirada total dos salários bloqueados desde o início do mês pelo limite a saques apenas em argentinos, a nova moeda que vai circular a partir de janeiro com o peso e o dólar. Os argentinos, que ainda têm de ser aprovados pelo Congresso do país, deverão circular desvalorizados em relação à atual moeda argentina e à norte-americana.

No primeiro dia útil após a moratória no país vizinho, os mercados brasileiros reagiram bem. Nesta quarta-feira, dia 26, o dólar fechou em baixa de 0,6%, cotado a R$ 2,32, e os títulos da dívida externa se valorizaram. As informações são da Rádio Gaúcha.

O presidente Fernando Henrique Cardoso manifestou ontem, dia 26, compreensão ante a decretação da moratória da dívida externa pelo novo governo argentino, afirmando que não havia opção. Segundo ele, “na verdade, a moratória não foi uma decisão, mas uma impossibilidade de o país pagar sua dívidas”.

FH também admitiu que, se receber um convite do presidente interino Adolfo Rodrigues Saá, poderá ir à Argentina em janeiro. O presidente se mostrou cauteloso ao comentar as medidas econômicas adotadas pela Argentina no domingo. Segundo FH, a moratória foi uma decisão interna.