Em depoimento no Conselho de Ética da Câmara, o deputado José Dirceu (PT-SP) desmentiu um diálogo em que o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) teria o avisado sobre o suposto pagamento de mensalão a deputados da base aliada ao governo.

Ao depor no Conselho, Jefferson afirmara que, ao contar a Dirceu que o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, estava comprando parlamentares, o então ministro da Casa Civil teria dado um soco na mesa e dito que não havia autorizado Delúbio a montar o esquema.

Além de negar que tenha tido esta conversa com Jefferson, Dirceu repetiu que o deputado teve inúmeras oportunidades de denunciar antes o mensalão, mas não o fez.

Dirceu voltou também a repudiar acusações contra assessor pessoal Roberto Marques, acusado de ter recebido autorização de agências do empresário Marcos Valério para efetuar um saque no Banco Rural.

– Quero ser julgado pelos erros que cometi, não por calúnias e injúrias. Não aceitarei pré-julgamento nem da suposta transferência de recursos para um amigo meu, meu companheiro de empreitadas, a partir de um documento. Documento, este, que nem a própria CPI reconheceu como verdadeiro – disse.

O deputado disse que não assumirá a responsabilidade pelos empréstimos feitos pelo publicitário Marcos Valério ao PT. Segundo Dirceu, ele não participava das decisões da direção do PT.

As informações são da Agência O Globo.