| 02/08/2005 15h55min
O deputado petista José Dirceu negou hoje em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara que jamais permitiria a compra e votos no Congresso. Acusado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser o operador do mensalão, o ex-ministro chefe da Casa Civil negou responsabilidade pela prática de oferecer recursos financeiros em troca de apoio político.
– Não vou assumir responsabilidade pelos empréstmos feitos pelas empresas de Marcos Valério.
O parlamentar manifestou desejo de depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios. Ele também negou qualquer tipo de ressentimento em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dirceu disse que irá se defender sozinho e que não precisa do apoio de ninguém para provar sua inocência.
Dirceu lembrou sua trajetória no PT, as passagens pelos mandatos como deputado e as três presidências do partido, para reafirmar que o PT é um partido pluralista e que não existe "grupo do Dirceu" na cúpula do partido.
– Não preciso de título de ministro para ser militante do PT. Não aceito ser banido da vida política do país. Vou continuar agindo para preservar o PT. Nós militantes reconhecemos erros e mudamos aquilo que foi errado. Este processo já iniciou e, ao contrário do que dizem, apoiei e continuarei apoiando a transição da presidência. E vou apoiar a nova direção, que saberá corrigir os possíveis erros que o PT cometeu.
E voltou a dizer que não pretende renunciar.
– Vou lutar até o fim para ter o direito de olhar no olho de cada militante do PT. Renunciar significaria aceitar as acusações feitas, sem provas.
Com informações da Agência O Globo.
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