| 28/02/2005 19h10min
O mercado brasileiro de orgânicos ainda tem o porte de um anão – representa apenas 1% do comércio mundial. Entretanto, tem enorme potencial e caminha a passos largos, crescendo 50% ao ano, segundo a Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex). Como reflexo desta evolução, o Brasil terá este ano duas feiras de grande porte.
A Biofach América Latina vai para sua terceira edição com novos números recordes. Desta vez o evento tomará 5 mil m² do Riocentro, no Rio de Janeiro, de 16 a 18 de novembro. São esperados 200 expositores (110 em 2004 e 80 em 2003) e 5 mil visitantes (2 mil em 2004 e 1,2 mil em 2003). No ano passado 82% eram brasileiros e somente sete de fora da América
do Sul.
– Já estamos com 80% do espaço comercializado. Aqui na feira em Nuremberg acertamos a presença inédita de uma grande delegação alemã que sozinha ocupará 100 m² – anuncia Rosina Guerra, diretora da Planeta Orgânico, que representa a Biofach na América Latina.
Desta vez, a Biofach do Rio não estará sozinha. No primeiro pavimento do Riocentro acontecerá em paralelo a Expo Sustentat, uma nova feira dedicada ao setor de desenvolvimento sustentável. Ambas serão acompanhadas de conferências.
Ainda antes da Biofach América Latina a Associação Brasileira de Produtores e Processadores de Orgânicos (Brasilbio) promoverá a Bio Brasil Fair, de 7 a 10 de maio, no Ibirapuera, em São Paulo. A feira da Brasilbio não se restringirá ao público de negócios e visa popularizar os orgânicos no país. Os dois primeiros dias terão entrada grátis e os visitantes poderão comprar produtos nos estandes. A previsão é de 150 expositores.
Além destas, o Brasil deverá ganhar a médio prazo quatro feiras regionais de orgânicos, conforme anunciou em Nuremberg o presidente da Apex, Juan Quirós. A estratégia é fortalecer o mercado interno para atrair investidores estrangeiros para a área de processamento e, assim, o país capacitar-se a exportar produtos orgânicos com maior valor agregado.
© 2009 clicRBS.com.br ? Todos os direitos reservados.