| 25/02/2005 16h04min
O ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, acredita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha preferido proteger uma instituição pública ao não mandar apurar possíveis irregularidades no governo Fernando Henrique Cardoso. Nesta sexta, dia 25, Rebelo descartou a possibilidade de omissão de Lula.
– Ele fez referência a fatos pretéritos para ilustrar fatos presentes. Quando ele disse ao funcionário na época que não tornasse pública a informação, não era no sentido de omissão e sim para proteger a empresa pública e porque esses episódios já estavam sob investigação do Ministério Público e do Judiciário – afirmou Aldo a jornalistas em evento em São Paulo.
Na quinta, o presidente contou em discurso de improviso que evitou a divulgação e apuração de irregularidades em uma estatal, após denúncia de seu dirigente. Esta estatal teria sido "quebrada" na gestão de Fernando Henrique Cardoso. De acordo com o ministro, o presidente fez referência a fatos que já haviam sido divulgados pela imprensa durante o período das privatizações, que incluíam gravações com dirigentes de empresas públicas, "e que estão sendo investigadas pela Justiça, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público".
Já o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, afirmou em Buenos Aires que a ameaça do líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, de processar o presidente Lula por não ter mandado apurar as acusações pode resultar num feitiço que vira contra o feiticeito.
– Ele está no papel dele, precisa ver se há base legal, constituciinal para tal pedido e se o feitiço não vai virar contra o feiticeiro – afimrou.
As informações são da agência Reuters.
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