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 | 21/02/2005 13h50min

Rigotto vai a Brasília pedir ajuda contra a estiagem

Governo gaúcho buscará auxílio de até R$ 10 milhões junto à União

O governador Germano Rigotto embarca nesta terça, dia 22, para Brasília, onde pedirá auxílio do governo federal para amenizar os efeitos da seca no Rio Grande do Sul. Nesta segunda o governo conclui o cálculo de quanto será solicitado à União. O secretário estadual de obras e saneamento, Frederico Antunes, diz que o valor pode chegar a R$ 10 milhões.

Na capital federal Rigotto pretende encontrar-se com os ministros da Integração Nacional, Ciro Gomes; da Agricultura, Roberto Rodrigues; e do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto. Ao primeiro, pedirá verba para perfuração de poços e instalação de redes hidráulicas em áreas rurais. Aos demais, a prorrogação dos financiamentos agrícolas.

Do Ministério da Integração Nacional, o Estado cobra também recursos prometidos ainda para a seca do verão passado, além de mais verbas para este ano. Na última estiagem, o governo federal anunciou R$ 2 milhões, mas liberou apenas a metade. O restante da verba não saiu porque alguns municípios não prestaram contas da aplicação da primeira parcela. O Estado solicitou às prefeituras em dívida que elaborassem seus relatórios e deve apresentar os documentos pendentes.

Segundo Antunes, o governo estadual já aplicou R$ 6 milhões em medidas para aplacar os danos desta estiagem e da anterior. As seis perfuratrizes do Estado estão em serviço constante, mas não dão conta da necessidade das comunidades rurais atingidas. Nesta segunda representantes de uma empresa que oferece bombardeamento de nuvens com vapor de sais de prata para provocar chuva vão até o Palácio Piratini para apresentar a tecnologia ao governo. A intenção é contratar o serviço para utilização nas cabeceiras dos rios.

– Isso não resolve o problema da seca, mas pode amenizar – explica Rigotto.

Os ministérios da Agricultura e da Fazenda discutirão a possibilidade de prorrogação da parcela do custeio do trigo que vence em fevereiro. De acordo com o deputado federal Luiz Carlos Heinze (PP), a tendência é que o pagamento seja adiado para março, abril e maio, mas a repactuação para depois da última parcela devida não está descartada. O Banrisul já transferiu o pagamento da parte que vencia em 20 de fevereiro para 20 de junho. Como o triticultor também costuma plantar culturas de verão, atingidas pela seca, a medida pode dar fôlego aos produtores com perdas na soja e no milho.

As informações são de Zero Hora.

 
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