| 24/09/2001 22h23min
A Rússia voltará a importar carne suína do Rio Grande do Sul, mas impõe condições ao governo brasileiro. As exportações gaúchas para fins industriais só retomarão o curso normal depois que for realizada sorologia, por amostragem, em bovinos de propriedades próximas aos frigoríficos exportadores, comprovando que não há o vírus da aftosa na região. Também Santa Catarina, apesar de ser considerado internamente Estado livre de aftosa sem vacinação, terá que passar pelo mesmo procedimento se quiser ampliar os negócios com o mercado russo. Os catarinenses, que já exportavam carne suína, cumprindo esse acordo abrem a alternativa do varejo. As informações foram repassadas nesta segunda-feira, de Moscou, pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luís Carlos de Oliveira, a sua equipe, em Brasília. Nesta terça-feira, os técnicos do ministério e da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul se reúnem, em Brasília, para traçar a estratégia de ação. É necessário um levantamento de quantos bovinos passarão pela sorologia. Segundo o ministério, o exame será feito em bovinos porque esses animais podem ser portadores assintomáticos do vírus da aftosa. O secretário da agricultura, José Hermeto Hoffmann, que também está em Moscou, criticou a exigência de sorologia para retomadas das exportações . Segundo o secretário, o foco de aftosa mais próximo da região produtora de suínos foi registrado a mais de 200 quilômetros. Nesta terça, Hoffmann estará reunido com a embaixadora do Brasil na Rússia, Tereza Quintela, que vai intermediar as discussões com técnicos do governo russo.
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