Cerca de 5 milhões de pessoas de países banhados pelo Oceano Índico aguardam por comida e água potável enquanto os governos se apressam para enterrar os corpos das vítimas da tsunami que atingiu o sudoeste asiático no último domingo. A maior preocupação no momento é com o risco de disseminação de doenças.

O total de mortes provocadas pelas ondas gigantes que atingiram a Ásia após um terremoto de 9 graus aumentou para 78.866, segundo informações de funcionários de governos e de organizações de saúde divulgadas nesta quinta, dia 30. Indonésia, Sri Lanka e Índia estão entre as nações mais afetadas. Segundo a Federação Internacional da Cruz Vermelha, o saldo de mortos poderá atingir a marca de 100 mil.

Ao redor do mundo nações se mobilizam para enviar equipes de resgate, alimentos e milhões de dólares em ajuda para os sobreviventes. Entre 50 e 60 países doaram ou se comprometeram a doar mais de US$ 220 milhões. Uma quantia semelhante está sendo enviada em ajuda humanitária, segundo informou o coordenador do organismo de ajuda emergencial da Organização das Nações Unidas (ONU), Jan Egeland.

Entre as nações que contribuíram com os países vítimas da tsunami estão a Austrália (US$ 27 milhões de dólares), Áustria (US$ 1 milhão), Inglaterra (US$ 28,9 milhões). A lista de doadores ainda inclui China, França, Alemanha Israel e Arábia Saudita e Egito. Os Estados Unidos prometeram US$ 35 milhões como ajuda inicial e a União Européia está pronta para liberar 30 milhões de euros.

A Indonésia teve o maior número de vítimas, com 45.268 mortes confirmadas, embora este número possa chegar a 80 mil somente em Aceh, a província mais perto do epicentro do terremoto. De acordo com dados transmitidos pelos países afetados pela tsunami, 435 de estrangeiros perderam suas vidas e outros cerca de 1,4 mil estão desaparecidos. Entre os mortos estão 26 britânicos, 20 franceses, 14 finlandeses e 11 suíços, além de dois brasileiros.

As informações são da agência Reuters.

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