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Os prejuízos causados pelas ondas gigantes que atingiram o sul da Ásia no final de semana devem ultrapassar os 10 bilhões de euros. A conta foi feita pelo departamento de pesquisa de riscos geográficos da maior seguradora do mundo, a alemã Munich Re.
A empresa afirmou que as seguradoras devem assumir uma pequena parte da conta gerada pelo desastre natural, pois as tsunamis atingiram principalmente regiões subdesenvolvidas. Mesmo antes do maremoto que atingiu a Ásia no domingo, cujas vítimas fatais conhecidas até agora aproximam-se dos 70 mil, os desastres naturais deste ano custaram à indústria de seguros US$ 40 bilhões de dólares, afirmou a Munich Re.
– Os terríveis efeitos por todo o oceano Índico e que chegam até o chifre da África são um novo alerta da ameaça global representada por catástrofres naturais. Eles ressaltam a necessidade de medidas rigorosas contra mudanças climáticas globais, após o decepcionante resultado da recente cúpula sobre clima em Buenos Aires – afirmou em um relatório Stefan Heyd, membro do conselho executivo da companhia alemã.
A Munich Re acredita que seus prejuízos, gerados por pedidos de reparações de danos sofridos por clientes, fiquem abaixo dos 100 milhões de euros, já que as propriedades de mais alto custo estão localizadas somente em áreas turísticas.
– Apesar da extensão da costa afetada, as perdas para a indústria de seguros devem ser limitadas porque ondas geradas por atividade sísmica geralmente não invadem distâncias maiores que algumas centenas de metros. Além disso, na maioria destes países, o risco de terremoto (incluindo de uma tsunami) não está incluído nas apólices e coberturas adicionais são incomuns – disse Berz.
A tsunami foi mais mortal que todos os desastres naturais ocorridos este ano, que haviam somado 15 mil vítimas fatais. Haiti e a República Dominicana sofreram perdas de 4 mil vidas, primeiro nas grandes inundações de maio e depois, em setembro, quando os países foram devastados pelo furacão Jeanne.
Enchentes e deslizamentos de terra gerados pela tempestade tropical Winnie mataram mais de 750 pessoas nas Filipinas no final de novembro. No Marrocos, 640 morreram em um terremoto ocorrido no país em fevereiro.
As catástrofes mais caras do ano para a indústria de seguros foram as geradas pelos ciclones nos Estados Unidos, Caribe e Japão, que totalizaram prejuízos de US$ 35 bilhões. O Japão foi atingido por 10 ciclones tropicais entre junho e outubro, mais do que qualquer outro ano, gerando perdas de US$ 10 bilhões, metade das quais eram seguradas.
As perdas econômicas totais no ano somam mais de US$ 130 bilhões, estimou a Munich Re. O valor é o segundo maior da história do setor, ficando atrás do registrado em 1995, quando o devastador terremoto de Kobe, no Japão, empurrou a cifra para US$ 172 bilhões.
As informações são da agência Reuters.
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