| 28/08/2001 07h33min
O presidente licenciado do Congresso, Jader Barbalho (PMDB-PA), ficará em uma situação ainda mais delicada caso não apresente documentos para rebater as denúncias de envolvimento em desvios de recursos no Banco do Estado do Pará (Banpará) ou se recuse a prestar esclarecimentos durante o depoimento na subcomissão do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, marcado para amanhã. – Quando uma testemunha ou qualquer pessoa investigada se nega a falar, isso é um indicativo de culpa – disse o subrelator da comissão, senador Jefferson Peres (PDT-AM). Embora não seja integrante da comissão, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) participará do depoimento e prepara-se para obter apenas uma “simples, mas comprometedora” resposta: – Ele sempre disse que não recebeu nada do Banpará. Então, terá de dar explicações em relação à existência de aplicações financeiras com cheques administrativos do Banpará, nas quais aparecem cheques de sua conta pessoal. Essa será a mesma estratégia da comissão, que vai dra grande destaque ao relatório do auditor Abrahão Patruni Júnior, do Banco Central (BC), que concluiu que Jader está ligado à fraude na instituição. Peres não quis detalhar, no entanto, quais são os indícios de quebra de decoro que serão incluídos em um eventual pedido de abertura de processo de cassação contra o senador.
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