O embargo russo às carnes brasileiras chegou a causar o recuo de R$ 0,70 por quilo no valor do suíno pago ao produtor. Em setembro, antes do bloqueio imposto pela Rússia em razão de um foco de febre aftosa no Amazonas, o quilo valia até R$ 3,30, lembra o presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Gilberto Moacir da Silva. Caiu para cerca de R$ 2,60.

Atualmente, afirma Silva, o quilo já vale R$ 3 (preço pago aos produtores independentes, que não mantêm produção integrada com alguma empresa). A desvalorização é uma amostra do efeito do embargo para o Rio Grande do Sul, que tem na Rússia seu maior comprador de carne suína – foram 13,7 mil toneladas até outubro, ou 35% das exportações do produto, de acordo com o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado (Sips).

Rogério Kerber, diretor executivo do sindicato, diz que a situação ainda não é grave porque dois acordos garantiram o embarque da carne já negociada que, na data do embargo (20 de setembro), estava armazenada nos portos ou em plantas industriais e armazéns (entrepostos).

As informações são do jornal Zero Hora.