| 16/08/2001 19h32min
O tenente-coronel Martin Luís Gomes, denunciado na Justiça Criminal por dano e prevaricação no episódio da depredação do Relógio dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil, ingressou esta semana com pedido de habeas corpus para não ser julgado. Martin – que é oficial da reserva da Brigada Militar e exerce cargo de assessor especial da Secretaria da Justiça e da Segurança (SJS) – alega que não teve qualquer participação na destruição do monumento, ocorrida em 22 de abril de 2000 em Porto Alegre. Como o pedido de habeas ainda não foi apreciado, Martin teve de depor nesta quinta-feira na 10ª Vara Criminal, que aprecia o caso. O tenente-coronel informou que estava em Nova Petrópolis no dia da depredação e por isso não teve qualquer participação no episódio. Ele confirmou ter recebido ligações do secretário do Trabalho e Ação Social, Tarcísio Zimermann, que demonstrava preocupação com a possibilidade de ocorrerem mortes durante enfrentamento entre PMs e manifestantes que destruíam o relógio. Martin declarou ter repassado a preocupação de Zimermann para um colega, o capitão Araken Petry Rodrigues, oficial da BM que tinha comparecido ao ato contra o relógio. Conforme a promotora de Justiça Ana Maria Schinestsck, Martin disse que jamais ordenou a retirada da tropa da BM do local, "até por não ter poderes para tanto".
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