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O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, defendeu o aumento do salário mínimo, de R$ 240 para R$ 260, afirmando que o governo precisa ter "responsabilidade e audácia para administrar o país". Ele também sustentou a necessidade da desvinculação entre o salário mínimo e os benefícios da Previdência.
– Audácia neste momento é ter responsabilidade, como fizemos agora, de não dar aumento de salário mínimo maior do que R$ 260 – disse Dirceu em discurso no Fórum Nacional para Expansão do Porto de Santos, realizado em um hotel de Brasília nesta segunda, dia 3.
A defesa da desvinculação entre o mínimo e os pagamentos da Previdência, feita no discurso, foi melhor explicada por Dirceu em entrevista na saída do evento.
– Eu não falei que o governo vai fazer (a desvinculação), nem que o governo está propondo, eu falei que o país, a sociedade e o Congresso Nacional precisam discutir esse problema. O salário mínimo está vinculado à Previdência no Brasil e isso tem impedido um aumento maior do salário mínimo. Essa é uma questão que tem que ser discutida – disse Dirceu a jornalistas.
Dirceu também fez comentários sobre a possibilidade de o Congresso debater um aumento maior para o salário mínimo. Disse que o Parlamento é soberano para decidir sobre a questão, mas que é preciso ter em mente que as condições atuais do país não comportam esse aumento.
– Sempre é possível dar um aumento real para o salário mínimo desde que a economia cresça, que o país reduza os juros, que você tenha um serviço da dívida menor e que você possa reduzir o déficit da Previdência.
Para Dirceu, fica evidente que não é possível acrescentar "5% ou 10%" no déficit da Previdência sem que isso afete o país. O ministro afirmou ainda que o importante para o governo agora é garantir os investimentos em infra-estrutura, os investimentos sociais e o crescimento do país.
Com informações da agência Reuters.
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