| 03/05/2004 08h54min
O governo federal terá de fazer novo corte de custeio que poderá atingir todos os ministérios. No total, a redução de despesas deve chegar a R$ 1 bilhão, o que significa que as pastas terão de reduzir despesas como ligações telefônicas, combustível, viagens de avião e até diminuir o consumo de cafezinho.
Segundo cálculo da consultoria de orçamento da Câmara, com as novas concessões feitas pelo governo no Congresso, para aprovar o projeto que instituiu a cobrança do PIS e da Cofins sobre as importações, haverá uma perda de receita de R$1 bilhão. Em relação ao salário mínimo, o governo foi menos generoso. Segundo os consultores, o reajuste só vai representar gastos adicionais de R$ 150 milhões além do que estava previsto no Orçamento, e o aumento do funcionalismo público, outros R$ 500 milhões.
A precaução do governo em fechar a torneira se deve às pressões por reajustes salariais e às negociações no Congresso, que podem resultar em novas concessões e renúncias fiscais e tendem a aumentar até as eleições municipais. Segundo os consultores de orçamento do Congresso, o valor do novo mínimo será quase neutro do ponto de vista do déficit da Previdência, porque os recursos destinados à correção da inflação já estavam no Orçamento. Mas eles apontam novas demandas, como o pagamento do passivo dos aposentados do INSS, para o qual não há receita discriminada.
Com informações da Rádio Gaúcha e Globo Online.
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