O ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, descartou nesta segunda-feira a possibilidade de pedir à Organização Internacional de Epizootias (OIE) um estudo sobre mudanças no Código Zoossanitário Internacional no que se refere à eventual vacinação contra aftosa nos países ou zonas que tenham suspendido a imunização. A reivindicação foi encaminhada na semana passada por lideranças gaúchas. Pratini, que participou da abertura da colheita da maçã em São Joaquim (SC), garantiu que as Forças Armadas devem começar a atuar ainda nesta terça nas fronteiras de Santa Catarina para evitar a entrada do vírus da aftosa. O ministro alertou que, se o Rio Grande do Sul insistir na retomada da vacina, poderá haver um rompimento do Circuito Pecuário Sul, com Santa Catarina mantendo o status sanitário sem vacinação. Mesmo assim, entidades e lideranças gaúchas acreditam que essa posição pode ser revertida. Nesta segunda-feira, começou a auditoria do serviço sanitário animal do Rio Grande do Sul. O trabalho está sendo feito por quatro fiscais da Secretaria de Defesa Agropecuária do ministério, e deve ser finalizado em 10 dias. Segundo o delegado federal da Agricultura, Odalniro Dutra, a operação é de rotina e está prevista no Convênio de Defesa Animal e Vegetal firmado entre ministério e secretaria da Agricultura. Uma vez por ano, conforme Dutra, os técnicos fazem uma auditoria financeira – para conferir a aplicação dos recursos destinados à sanidade animal – e técnica, na execução das ações preventivas. Serão visitadas inspetorias veterinárias do Estado e também rebanhos bovinos em propriedades rurais. Também serão avaliadas as medidas adotadas para proteção contra à febre aftosa e a situação sanitária do gado. O trabalho deve ser feito posteriormente em Santa Catarina e no Paraná.