O ministro da Agricultura, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, chegou por volta das 10h em Lages, no Planalto Catarinense, de onde segue para São Joaquim, onde participa da abertura oficial da X Festa da Maçã. Pratini embarca neste momento para o Parque de Exposição, acompanhado do governador Esperidião Amin e do secretário estadual da Agricultura, Odacir Zonta. O secretário catarinense deve aproveitar a presença do ministro para reiterar a decisão técnica de Santa Catarina em não promover uma nova imunização contra a aftosa no rebanho e também para cobrar a fiscalização do Exército nas fronteiras argentinas. A liberação das tropas era aguardada para esta segunda-feira, mas ainda não foi confirmada. Quanto à vacinação, Zonta acredita que Santa Catarina retrocederia se imunizasse o rebanho, pois sofreria perdas econômicas. Segundo o secretário, se o Rio Grande do Sul voltar a vacinar os rebanhos, as divisas catarinenses com o Estado serão fechadas e Santa Catarina buscará o aval sanitário do Ministério da Agricultura para trabalhar com liberdade para manter o status de área livre sem vacinação. – Não podemos despertar a desconfiança do mercado internacional. Zonta explica que se os rebanhos catarinenses voltarem a ser vacinados, Estados como Paraná, São Paulo e Minas Gerais, que atualmente vacinam o gado, vão atingir o status de área livre sem vacinação antes que Santa Catarina retome esta característica. – Precisaremos, no mínimo, de três anos para reconquistarmos a condição, o que poderá significar uma perda enorme de mercado para as nossas carnes. Em resposta ao caso do gado vindo da Argentina com destino a Descanso, no interior de Santa Catarina, Zonta disse que irá pedir uma investigação da polícia. – Temos de saber por que um catarinense está indo buscar gado no Rio Grande do Sul de forma clandestina – explicou. Qualquer ato de clandestinidade no transporte de animais está resultando em incineração, mesmo que não apresentem sintomas da febre aftosa.