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O Brasil se transformou em foco das investigações sobre o desvio de recursos da Parmalat. Conforme o jornal italiano La Repubblica, o ex-contador da companhia Gianfranco Bocchi teria apontado as empresas Carital do Brasil e Winshaw aos promotores que acompanham o caso como uma boa pista para descobrir o destino do dinheiro desaparecido. Segundo o jornal italiano, Bocchi teria feito as declarações sobre o destino dos valores desviados em interrogatório realizado no dia 14 de janeiro.
A Carital, segundo Bocchi, tinha apenas atividades "sem fundamento". Em agosto do ano passado, a Parmalat vendeu à Carital uma unidade no Ceará, a Companhia Brasileira de Laticínios (CBL). Conforme citação publicada no La Repubblica, a operação da Carital era conduzida por Fausto Tonna, diretor financeiro do grupo, e "Montero" (Carlos Monteiro, diretor financeiro no Brasil), com a finalidade de "fazer desaparecer passivos" e "desvalorizar parte dos ativos".
A Carital tem sede em Curaçao, um paraíso fiscal no Caribe. A Winshaw, no Uruguai, que também oferece maior privacidade para movimentação de capital. A Parmalat do Brasil afirmou ontem desconhecer as atividades de outras empresas do grupo. No país, a Carital está localizada ao lado da Parmalat do Brasil, em São Paulo.
As informações são do jornal Zero Hora.
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