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Empresários e autoridades dos Emirados Árabes conheceram o gingado brasileiro e fogos de artifício da cidade mineira de Santo Antônio do Monte. A Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex) montou a Semana do Brasil, em Dubai, no suntuoso Jumeirah hotel – em frente ao ainda mais exuberante Barj Al Arab – hotel de seis estrelas construído em cima de um aterro, com vista plena para a cidade mais rica e desenvolvida dos Emirados Árabes.
Integrantes da escola de samba paulista Gaviões da Fiel entretiveram, por cerca de 20 minutos, shakes, árabes e indianos que assistiam com perplexidade e encantamento o espetáculo à brasileira. O hino nacional brasileiro foi cantado em ritmo de samba. Antes da abertura da Semana do Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estimulou empresários brasileiros e dos Emirados Árabes a fortalecerem as relações comerciais e investir. Lula disse que o país é cosmopolita, preserva e valoriza as raízes culturais herdadas dos árabes.
Afirmou que uma prova da atração que o Brasil tem pelo país do Oriente Médio é a quantidade de empresários que acompanharam a comitiva presidencial. Lembrou que o país já é o maior parceiro comercial brasileiro na região, mas que é possível crescer ainda muito mais.
– As melhores perspectivas estão no setor de petróleo, açúcar, imobiliários e pedras e, até mesmo, sistema de defesas – afirmou.
Destacou que há, também, interesse árabe na tecnologia da agricultura, principalmente para maximar as possibilidades de expandir os agronegócios nos desertos. Aliás, já é possível ver cinturão verde irrigado ao longo da rodovia que liga Abu Dhabi (capital) a Dubai.
O presidente apostou que a Parceria Público-Privada (PPP) e marco regulatório para investimentos na área de infra-estrutura também ajudaram a atrair capital dos Emirados. Alertou os empresários locais de que o Brasil e o Mercosul são excelentes oportunidades de negócios.
– Com mais de 220 milhões de pessoas e um produto interno da ordem de US$ 1 trilhão – disse.
Algumas iniciativas para essa aproximação, segundo ele, já são tomadas. O estudo para evitar a bi-tributação entre os dois países para exportações e investimentos está adiantado. Na verdade, solicitou apoio dos empresários das arábias para investir em projetos de infra-estrutura para a integração do continente sul-americano. Na opinião de Lula, o encontro em 2004 no Brasil entre presidentes dos países do Oriente Médio e da América do Sul ajudará a reforçar tal empreitada.
Mais uma vez, o presidente foi refratário quanto as políticas comerciais dos países ricos. E pediu que as nações em desenvolvimento unam-se a fim de combater as distorções existentes no comércio internacional.
– Os ricos golpeiam nossas economias.
Também enalteceu a coragem dos imigrantes árabes que no final do século passado deixaram seus países a fim de ir ao Brasil, construir um país forte e cheio de generosidade.
Com informações da Agência Brasil.
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