| 07/12/2003 16h32min
Na terceira etapa da viagem ao Oriente Médio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste domingo, dia 7, nos Emirados Árabes, que será possível colher no curto prazo resultados práticos das conversas com o mundo árabe. O presidente ressaltou que a viagem não tem objetivos estritamente comerciais.
– Tem conteúdo político e cultural, também – disse.
Reforçou que será uma oportunidade, também, de fortalecer o G-20, grupo formado por países em desenvolvimento – criado na Conferência de Cancún, no México. Disse, ainda, que o mundo árabe complementa o círculo de países, com os quais o Brasil quer estreitar os laços. Estão entre eles os africanos, os asiáticos – Índia e China especialmente –, além dos países da América do Sul.
Lula salientou, em entrevista coletiva, que o Brasil não pode ficar esperando que as oportunidades apareçam.
– Precisamos mostrar ao mundo as coisas boas que temos, e temos muitas coisas boas para mostrar, como a competência produtiva, no agronegócio, científica e tecnológica – comentou.
Lula alertou, no entanto, que apesar de fomentar as negociações com os países em desenvolvimento, o Brasil não pode prescindir das relações que mantêm com países ricos, como Estados Unidos e da União Européia (UE). O presidente disse que o Brasil tem interesse em manter uma base comercial no Iraque. Lembrou que o setor de engenharia nacional desponta como grande força para conquistar espaço naquele território ocupado no momento pelos Estados Unidos. Observou, ainda, que a situação no Iraque deve ser conduzida pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Com informações da Agência Brasil.
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