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O vice-presidente do Senado Paulo Paim disse que fará discurso em tribuna nesta quarta, dia 19, para relatar como selou as pazes com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu. Os dois tiveram uma conversa amistosa por telefone e, segundo relato de Paim, teriam resolvido o mal-entendido ocorrido nos últimos dias.
O presidente do PT, José Genoino, atuou como mediador entre o senador e o ministro. Conversou com Paim em seu gabinete e tratou de "encerrar o mal-entendido". O motivo da crise foi um discurso do senador na tribuna, em que comparou Dirceu, por seu modo de atuação política, ao general Golbery do Couto e Silva, que ocupou a chefia da Casa Civil durante os governos Ernesto Geisel e João Figueiredo.
Paim fez o discurso acreditando que, antes, Dirceu teria dito que, se pretendia votar contra a reforma da Previdência, o senador deveria entregar ao PT o mandato e o cargo de vice-presidente do Senado.
Ainda na terça o deputado mineiro Paulo Delgado (PT-MG) assumiu a autoria da frase atribuída a Dirceu. Delgado criticou Paim e voltou a sugerir que o senador gaúcho entregasse o cargo e o mandato se fosse votar contra a reforma da Previdência.
Uma última tentativa de convencer o senador a votar a favor da reforma da Previdência será feita nesta quarta pelo líder do governo na Casa, Aloizio Mercadante (PT-SP). O senador paulista lembrará que o governo aceitou modificar parte da reforma previdenciária para atender às reivindicações de Paim.
O senador vem enfrentando uma ofensiva do governo federal por discordar de alguns pontos do projeto de reforma da Previdência, como a cobrança de contribuição previdenciária dos servidores públicos inativos.
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