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Paim associa José Dirceu a general da Guerra dos Farrapos

Ao rebater acusações do ministro, senador fez alusão à batalha onde lanceiros negros foram massacrados

Um episódio da Guerra dos Farrapos (1835-1845) foi usado nesta segunda, dia 17, pelo vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT), para rebater as afirmações atribuídas ao ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, de que ele deveria entregar o cargo na Casa e o mandato ao PT por discordar da reforma da Previdência.

Durante discurso na tribuna do Senado, no qual lembrou o Dia da Consciência Negra na próxima quinta, Paim chamou Dirceu, sem mencionar seu nome, de "todo-poderoso de hoje", comparando-o ao "todo-poderoso das forças imperiais de repressão" na Guerra dos Farrapos, também sem citar o nome do general Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias. Paim expôs uma visão pessoal da Batalha de Porongos, um dos episódios mais sangrentos do conflito:

– O todo-poderoso da época (Duque de Caxias) tinha medo de que a liberdade lá em 1844 acendesse uma lamparina que poderia, tal qual um rastilho de pólvora, iluminar a consciência de todos os negros, que passariam a exigir também a liberdade. A ordem foi desarmar os negros e os matar.

Segundo Paim, "o todo-poderoso de hoje quer fazer a mesma coisa com a sociedade brasileira que foi feita pelo todo-poderoso de ontem".

– Quem é o poderoso hoje? Vocês sabem quem é. Quem disse no jornal que eu tinha que perder o mandato, ser expulso, perder vice-presidência, ir para a casa dormir? – questionou o senador.

As declarações e o discurso de Paim são reações às críticas feitas por Dirceu. O ministro teria dito que o senador, por ser contra a reforma da Previdência, poderia "ficar com sua consciência e deixar o mandato e a vice-presidência do Senado", e que Paim deveria ser expulso do PT antes da senadora Heloísa Helena (PT-AL).

Para Paim, o fato de não haver pronunciamento público da Casa Civil negando as declarações de Dirceu dá credibilidade às críticas. O senador voltou a declarar que deixará o PT se for aberto um processo de expulsão, mas que continuará como vice-presidente da Casa. O senador lembrou que o cargo de vice-presidente do Senado é atribuído por eleição entre os membros da Casa.


 
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