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O deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) criticou nesta sexta, dia 17, as declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Maurício Corrêa, de que não iria permitir a entrada de um representante da ONU no prédio do tribunal em caso de inspeção do Judiciário. O parlamentar petista considerou estapafúrdias as declarações de Corrêa e disse que o ministro não poderia proibir ninguém de entrar no STF. Greenhalgh também avaliou que a postura do ministro só foi possível graças a declarações inábeis da relatora da ONU Asma Jahangir.
– Essa declaração do presidente do STF não contribui para nada. Nem o tom do ministro Maurício Corrêa e nem a declaração daquela senhora da ONU. Ela fez uma visita longa ao Brasil, ouviu diversas testemunhas, fez um trabalho importante. No momento em que ela saía do país, cometeu um erro, ao dizer que pediria uma auditoria da ONU no Judiciário brasileiro. Com isso, mudou o foco da visita e acabou unindo todo o Judiciário contra ela – afirmou Greenhalgh, que é presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Câmara.
Na visita que fez ao Brasil, no mês passado, Asma Jahangir, tomou contato com diversos casos de violações dos direitos humanos, assassinatos de testemunhas e ações de grupos de extermínio. Duas testemunhas da ação dos grupos de extermínio foram mortas logo após terem mantido contato com a relatora. Ao final da visita, Asma sugeriu que a ONU enviasse ao Brasil um relator especial para inspecionar o Poder Judiciário brasileiro.
– A relatora da ONU foi inábil. Isso permitiu que o ministro Maurício Corrêa fizesse inclusive essa declaração estapafúrdia, de que não vai permitir a entrada do representante da ONU no STF. Ele não pode proibir a entrada de ninguém no Supremo – disse Greenhalgh.
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