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Diante de uma nova proposta para a reforma tributária a ser elaborada pelos senadores, o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), defendeu a reforma aprovada pela Casa e disse que não brigará pela paternidade de idéias.
– A proposta aprovada na Câmara é boa para o Brasil, é isso que vale – disse João Paulo.
O novo texto para a reforma conta com apoio do governo e foi confirmada durante reunião com líderes dos partidos no Senado na tarde desta quinta, dia 2. Ela deve alterar pontos que foram introduzidos por deputados no texto original enviado ao Congresso pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como a regra de transição da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos Estados de origem para os de destino.
– Quero ver se a DRU (Desvinculação das Receitas da União) vai ser retirada, se a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) vai ser retirada, se o fim da cumulatividade do Cofins vai ser retirado, se o fundo de compensação (dos Estados pela desoneração das exportações) vai ser retirado. Podem mudar, (o que for mudado) depois vai ter que voltar para cá (Câmara), aí eu quero ver – reagiu João Paulo a respeito de pontos que são de interesse tanto do governo federal quanto dos governadores.
Mas ao ser questionado sobre o fato da nova proposta criar um mal-estar entre deputados e senadores, porque desacreditaria o longo trabalho da Câmara sobre a reforma, João Paulo respondeu que "não vai ficar disputando com o Senado nenhuma idéia". Na saída do encontro de líderes do Senado, o líder do governo, Aloizio Mercadante, chegou a dizer que a nova proposta será "revolucionária".
– Eu até admito que existam pessoas mais revolucionárias que eu, que os nossos deputados, mas a qualidade da reforma que saiu da Câmara é boa e eu acho muito difícil mudar os pontos que foram inseridos lá – finalizou João Paulo.
As informações são da agência Reuters.
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