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Eles vieram do Brasil, Iraque, Irã, Egito, Grã-Bretanha, Jordânia, Espanha, Filipinas, Canadá e Estados Unidos para acender velas em um escurecido hall da Assembléia Geral, no último tributo à equipe da Organização das Nações Unidas (ONU) morta em Bagdá. Às lágrimas, as famílias daqueles assassinados numa explosão de bomba que abalou a sede das Nações Unidas em Bagdá, no dia 19 de agosto, observavam as fotos dos parentes seguidas de seus nomes, lidos em ordem alfabética.
Um total de 22 pessoas morreu, 15 delas da equipe da ONU. Entre elas o chefe da missão, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello e seu chefe de gabinete, o egípcio Nadia Younes. Cem pessoas ficaram feridas.
Cheia de buracos, a bandeira azul da ONU retirada do prédio destruído estava acima da tribuna, observada familiares, enquanto as velas brilhavam. Em vez dos discursos sem fim que caracterizam os eventos da ONU, o secretário-geral Kofi Annan fez o único tributo, seguido do clássico poema de Stephen Spender, "Born of the sun, they traveled a short while toward the sun; And left the vivid air signed with their honor...'' ("Nascidos do sol, eles viajaram por instantes em direção ao sol; E deixaram o ar fulgurante assinado com suas honras...")
– Hoje compartilhamos nosso choque e pesar pela perda de pessoas que amamos – disse Annan, que falou sobre cada um dos mortos. – Rezamos por aqueles que sobreviveram mas têm de suportar um trauma que o resto de nós não pode imaginar.
As vítimas foram homenageadas em um concerto especial à noite, feito pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil. As informações são da agência Reuters.
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