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Um dia depois da redução da taxa Selic em 2,5 pontos percentuais, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, defendeu nesta quinta, dia 21, a queda gradual dos juros como maneira de retomar com segurança o crescimento econômico. Segundo ele, este é único modo seguro de evitar o processo de "freia e arranca" do desenvolvimento.
Meirelles rebateu, em seu discurso durante a cerimônia de posse do economista Eduardo Loyo na Diretoria de Estudos Especiais do Banco Central, as críticas ao conservadorismo da instituição.
– Esse conservadorismo se mostrou eficiente ao retorno da normalidade ao ambiente macroeconômico – destacou o presidente do BC.
Ele acrescentou que o gradualismo não dever ser confundido com rigidez ou falta de flexiblidade. Para Meirelles, ser gradual não é repetir necessariamente em cada reunião de forma constante decisões tomadas em reuniões anteriores.
Por declarações sobre o "gradualismo", o mercado entendeu na semana passada que o Copom optaria por uma redução conservadora na taxa de juros, o que não aconteceu. Na opinião de alguns analistas, o discurso sinalizando um corte modesto na taxa serviu apenas para "despistar" a real decisão que o Copom estaria prestes a tomar.
O presidente do BC ressaltou ainda que a resposta a um choque que se abate sobre a economia deve ser forte. E a reversão de uma medida como a elevação rápida dos juros deve ser relativamente mais lenta. Ele explicou essa necessidade do gradualismo com a afirmação de que o impacto dos choques se distribui de forma assimétrica ao longo do tempo.
– A reversão tende e a ser mais gradativa por que nem sempre se alcança sucesso total em evitar que as expectativas de inflação se consolidem num patamar mais elevado – disse.
Com informações da Agência Brasil.
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