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Os líderes governistas iriam avaliar em uma reunião na tarde desta quarta-feira, dia 6, com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, a possibilidade de votar todos os destaques da reforma da Previdência no plenário ainda esta noite.
– Se não íamos votar, agora vamos. A Câmara tem que dar uma resposta à violência a despeito de posições de governo ou oposição – disse a jornalistas o líder do PSB na Casa, Eduardo Campos (PE), referindo-se aos atos de vandalismo que um grupo de manifestantes contrários à reforma realizou pouco antes no Congresso.
Campos iria levar essa posição no encontro com Dirceu. Mais cedo, alguns líderes acreditavam que seria melhor esperar a poeira abaixar para votar destaques de temas polêmicos, como o aumento do subteto dos salários dos juízes estaduais e a retirada da taxação dos servidores inativos.
– Hoje não devemos votar os destaques. Vamos começar pelo caminho mais fácil, pelas emendas aglutinativas mais simples – disse o líder do PMDB na Câmara, Eunício Oliveira (CE).
Os líderes estavam fazendo as contas para ver suas chances de manter o texto aprovado nesta madrugada do jeito que o Palácio do Planalto deseja. Para derrubar os destaques supressivos, ou seja, que retiram partes do texto aprovado, como é o caso da taxação dos inativos e pensionistas – cujo destaque retira do texto essas palavras – o governo precisa garantir 308 votos.
Já no caso das emendas aglutinativas, que acrescentam pontos ao texto básico, é a oposição que precisa dos 308 votos.
As informações são da agência Reuters.
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