| 06/08/2003 15h36min
A temperatura subiu na manifestação dos servidores públicos contra a reforma da Previdência em Brasília nesta quarta, dia 6. Depois de um início tranqüilo, no início da tarde um grupo de manifestantes rompeu a barreira policial na rampa que dá acesso ao salão principal do Congresso e quebrou suas vidraças. O presidente da Câmara, João Paulo Cunha, aproximou-se do salão negro para verificar os estragos e disse que não negocia com quem depreda o Parlamento.
Segundo informações preliminares, pelos menos cinco pessoas teriam ficado feridas e duas foram detidas. Entre eles estariam dois seguranças, dois servidores e um fotógrafo. Alguns manifestantes chegaram a entrar no salão negro do Congresso, mas foram retirados por seguranças do Legislativo. Após o tumulto, o batalhão de operações especiais da Polícia Militar conseguiu conter os manifestantes que insistem em subir a rampa do Congresso. Uma grade de proteção separando o gramado do prédio da Câmara foi erguida pela Polícia Militar, que também faz um cordão de isolamento no local com 1,5 mil homens. Os deputados criticaram a violência dos manifestantes.
– É uma idéia equivocada de movimento democrático. Vocês se lembram do "fora FHC"? Não tinha este nível de irritação que tem hoje – disse a jornalistas o líder do PPS na Câmara, Roberto Freire (PE), referindo-se a manifestações contra o então presidente Fernando Henrique Cardoso.
A tentativa de invasão do Congresso não foi estimulada pelas lideranças dos servidores. No momento em que o grupo de manifestantes quebrava as vidraças do salão negro, o carro de som pedia para eles recuarem.
As informações são das agências Reuters e Brasil.
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