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A esquerda da bancada do PT na Câmara, conhecida como "grupo dos 30", se reuniu na tarde desta quinta, dia 24, com o presidente da Casa, João Paulo Cunha (PT-SP), para negociar quatro mudanças no texto da reforma da Previdência, aprovado na noite de quarta-feira na comissão especial.
– É imperioso, aprofundando o canal de diálogo, corrigir distorções quanto aos limites de isenção de redução das pensões e de contribuição dos aposentados, garantir paridade plena, e regras de transição que preservem direitos adquiridos, como as aposentadorias especiais do magistério e fixar normas claras para os fundos complementares – disse o grupo em um comunicado.
O texto da reforma chega ao plenário já na próxima semana. Nesta nova fase, o governo terá que enfrentar as divergências dentro do próprio PT e dentro da base aliada, já que partidos como PL e PTB devem apresentar destaques. Além disso, há também a pressão dos servidores públicos que estão em greve há 17 dias e dos juízes que ameaçam com sua própria paralisação.
– Nós somos base do governo mas isso não elimina a possibilidade de críticas, há um desejo de mudanças – disse o porta-voz do grupo, deputado Walter Pinheiro (PT-BA).
O grupo aproveitou a ocasião para dar apoio a João Paulo que disse se sentir "triste" e chegou ao chorar em uma cerimônia nesta manhã ao comentar o tratamento dado pela imprensa ao episódio ocorrido na véspera, quando policiais armados passaram por dentro da Câmara para conter cerca de 300 manifestantes que protestavam contra a reforma da Previdência.
João Paulo disse ser "vítima da imprensa". Na quarta, ele explicou que o batalhão de choque da PM "não atuou" dentro da Câmara, o que é proibido pelo regimento, e sim "tomou um atalho" por dentro da Casa.
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