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Conteúdo: regionalismo  | 05/09/2011 06h10min

Peonada dá os últimos retoques nos piquetes do Acampamento Farroupilha

Tempo bom ajudou tradicionalistas que correm contra o tempo para construir piquetes no Acampamento Farroupilha

EDUARDO RODRIGUES  |  eduardo.rodrigues@diariogaucho.com.br

Domingo de verão em pleno inverno, 30ºC graus, gente nas ruas e Parque Maurício Sirotsky Sobrinho lotado. Entre acordes de gaitas e som de vanerões estourando nas caixas penduradas nos galpões, visitantes ouviam outra sinfonia nos corredores cobertos por um tapete de britas: o barulho de martelos e serras elétricas, de madeiras sendo jogadas no chão e até de gritos de homens assentando telhas com sol a pino. A  correria é grande para deixar tudo pronto até quarta-feira, 7 de setembro, data da inauguração oficial do Acampamento Farroupilha.

Estreante atrasado


Maurício Melo, líder comunitário do Bairro Moradas Hípica, na Zona Sul da Capital, coordenava os  retoques no galpão do piquete do Departamento de Tradição Gaúcha (DTG) do Orçamento Participativo, que reúne presidentes de associações de moradores, líderes comunitários, delegados e conselheiros do OP. Um grupo de voluntários trabalhava em ritmo intenso para concluir a sede do piquete, que faz a sua estreia no acampamento.
– É o primeiro ano que participamos. Até terça-feira, tem de estar pronto – afirmou Maurício.
O DTG também será o piquete da acessibilidade. Além de uma rampa de acesso ao galpão, um dos três banheiros será destinado para cadeirantes.

Sozinhos no meio da multidão


O passeio de namorados, em família ou em grupos de amigos era cena comum. Incomum, mas não raro, era registrar flagrantes de antigos frequentadores e visitantes caminhando sozinhos no meio da multidão. Um deles, o contador Nhonho Frhitz Ansen, 64 anos, parou um instante para observar várias janelas de costela assando no fogo de chão.
– É uma beleza. Desse jeito é melhor para comer, a carne fica mais macia – explicou Nhonho.
De volta após dois anos de ausência, a comerciária Sandra Cappellari, 35 anos,  estava satisfeita com a cocada que comia, mas queria mesmo era uma boa bailanta.
– Eu gosto de música, de dançar – revelou, enquanto seguia para um piquete para colocar seu desejo em prática.

Quanto custa?

Uma das curiosidades é a guerra de preços na praça de alimentação. Para driblar a concorrência, alguns comerciantes estão vendendo cerveja e refri pelo mesmo preço: R$ 4. Há pontos que vendem a R$ 3,50. Veja outros itens:

Churrasco: R$ 55 para 3 pessoas
Carreteiro de charque: R$ 18
Entrevero: R$ 10
Alaminuta: R$ 13
Bufê: 12
Tainha: a partir de R$ 45
Xis: R$ 9
Cachorro-quente: R$ 5
Pasteis: R$ 4
Churros: R$ 3
Refri: R$ 3,50
Água: R$ 3
Batidas: a partir de R$ 10
Sucos: a partir de R$ 5
Cocada: R$ 2
Pé de moleque: R$ 3

Marcelo Oliveira / 

Para driblar a concorrência, alguns comerciantes estão vendendo cerveja e refri pelo mesmo preço
Foto:  Marcelo Oliveira


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