| 29/06/2003 12h35min
O ato público de ruralistas em Vila Nova do Sul, previsto para iniciar neste domingo, dia 29, às 11h, foi transferido para começar por volta das 13h. A expectativa é que 2 mil pessoas participem da manifestação. Os produtores protestam contra a marcha do MST e a desapropriação de 13 mil hectares em São Gabriel.
Ainda hoje, às 15h, os ruralistas se reunirão com o procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Roberto Pereira. O objetivo da reunião é evitar conflitos com o MST. Durante esta semana, Pereira se encontra com os sem-terra, provavelmente, em Santa Maria.
O presidente do sindicato rural de Bagé, Paulo Dias, disse que após a assembléia, realizada nesta tarde, pode ser definida a continuidade da marcha. Ele também não descartou uma nova mobilização com a chegada dos sem-terra em São Gabriel.
Os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que estacionaram em Restinga Seca, decidiram iniciar caminhada em direção a Santa Maria somente às 8h de segunda, dia 30. Os cerca de 700 sem-terra aceitaram o convite da prefeitura de Santa Maria para ficar na cidade. A caminhada será de 45 quilômetros e eles devem chegar na quarta-feira. Somente lá em Santa Maria, é que eles decidirão quando devem retomar a marcha para São Gabriel.
A decisão do MST de parar em Santa Maria, interrompendo a marcha rumo a São Gabriel, tem como objetivo evitar um confrontro com o comboio de ruralistas que saiu de lá. Os sem-terra partiram de Pantano Grande no último dia 10 e ainda não têm previsão para a chegada em São Gabriel.
As informações são da Rádio Gaúcha.
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