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O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, respondeu nesta quinta, dia 22, às críticas sobre a manutenção do alto patamar de juros no país. Ele defendeu as políticas do governo afirmando que o Brasil sofre de uma doença grave, a inflação, cujo tratamento não pode ser interrompido a qualquer momento. Palocci participou do encerramento do 15º Fórum Nacional, no Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), ao lado do Ministro do Planejmento, Guido Mantega, e do presidente do presidente do Bando Central, Henrique Meirelles.
– Temos consciência de que o maior e o mais comum dos erros no tratamento das doenças graves é interrompê-lo na metade, com o primeiro sinal de melhora do paciente. Quando se procede assim, a doença retorma com mais força, obrigando a medicações mais fortes e mais danosas ao organismo. Acontece o mesmo na economia – afirmou Palocci, que é médico sanitarista e frequentemente recorre a analogias com a medicina em seus discursos.
Na véspera, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) manteve o juro básico do país em 26,5%, apesar dos fortes protestos de diversos segmentos da sociedade e de alguns integrantes do governo. Segundo Palocci, as reformas estruturais enviadas pelo governo ao Congresso é que devem criar as condições para que as taxas de juros retrocedam "no tempo adequado".
O ministro classificou a recente mudança qualitativa dos indicadores econômicos brasileiros – como a queda do risco-país, a apreciação do real e a baixa da inflação – como fruto de um trabalho "sério e convincente", que vai continuar especialmente com as reformas.
As informações são da agência Reuters.
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