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O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou na manhã desta quinta, dia 22, que a saída do diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, já estava prevista e não tem relação com as fortes pressões que o banco, incluindo do vice-presidente José Alencar, sofreu para promover um corte na taxa de juros.
– O Ilan não está pegando a mala e indo embora em resposta a essas críticas – enfatizou Meirelles.
O presidente do BC disse que a saída de Goldfajn segue o cronograma original, já que o diretor havia pedido para deixar a instituição depois da transição de governo. Meirelles admitiu ter solicitado que ele permanecesse no cargo por seis meses após a posse da nova administração.
Nesta quarta, dia 21, o Comitê de Política Monetária do BC (Copom) manteve a taxa de juros em 26,5% ao ano, seu maior patamar em quatro anos, pelo terceiro mês consecutivo.
O economista gaúcho Afonso Bevilaqua deverá ser o novo diretor de Política Econômica do banco. O nome, indicado pelo Ministério da Fazenda, ainda precisa ser submetido ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e aprovado pelo Senado após sabatina.
O presidente do BC também descartou mudança na meta ajustada de inflação para este ano, de 8,5%. Ele preferiu não detalhar o assunto, alegando que isso anteciparia a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), a ser divulgada na próxima semana. E destacou que o sucesso do BC será trazer a inflação para metas estabilizadas até o ano de 2005.
– Continuamos com a nossa prioridade de trazer a inflação para níveis convenientes, não há saída de foco – reforçou.
Com informações da agência Reuters e da Agência Brasil.
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