| 14/05/2003 15h20min
Acompanhado por assessores, o ex-presidente argentino, Carlos Menem, seguiu nesta quarta, dia 14, para sua cidade natal, La Rioja, onde deverá anunciar se continua ou não na corrida presidencial. O segundo turno da eleição está marcado para domingo, dia 18.
Nas últimas 24 horas, o futuro de Menem na campanha provocou confusão no país, após assessores terem confirmado que ele abandonaria o segundo turno para não ser derrotado de forma humilhante pelo governador da província de Santa Cruz, Néstor Kirchner, que lidera a preferência dos eleitores.
Caso Menem renuncie à campanha, a eleição será cancelada e Kirchner se torna automaticamente presidente.
Questionado por repórteres sobre se deixaria as eleições, Menem afirmou que "as pessoas devem ter fé, quando se perde a fé, se perde tudo".
A desistência de Menem seria um golpe para o também peronista Kirchner, que assumiria a Presidência com apenas 225 dos votos populares obtidos no primeiro turno, em 27 de abril. Pesquisas apontam que ele lidera com 70% a preferência do eleitorado para a votação de domingo.
Alguns aliados próximos a Menem são contra a renúncia e tentam convencê-lo a permanecer no páreo. Mas há poucos sinais de que o ex-presidente possa conquistar um terceiro mandato à frente do país. A derrota de domingo seria a primeira na carreira do político que governou a Argentina entre 1989 e 1999.
Kirchner deve falar à nação nesta quarta, e membros de sua campanha fazem de tudo para dispersar a noção de que seu governo ficaria enfraquecido caso ele ganhasse sem o segundo turno. O presidente Eduardo Duhalde, que apóia Kirchner, chamou o governador de "presidente".
– Obviamente seria muito melhor se o país tiver a votação, mas pesquisas mostram grande vantagem para Kirchner. Não há uma questão de legitimidade – disse Duhalde.
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