A partida contra o Duque de Caxias, neste sábado, às 16h10min, no Estádio Giulitte Coutinho, em Mesquita, já estava recheada de contornos dramáticos para o Figueirense. Sequência de três derrotas consecutivas, Roberto Fernandes questionado pela torcida, pichação no estádio Orlando Scarpelli e cinco desfalques importantes. Para completar, com o empate da Ponte Preta com o Ceará, o time de Campinas passou o Alvinegro na tabela de classificação.

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Mesmo com os desfalques, o técnico Roberto Fernandes afirma que tem o time pronto e o zagueiro Bruno Perone pode voltar a ser titular.

— Por incrível que pareça, tem (time pronto). Até por uma questão simples: não há muitas opções. Para o ataque, estamos sem o Clodoaldo, o Schwenck, Rafael Coelho e tem a sitação do Ricardo. Você tira quatro, restam três. Na zaga, a mesma coisa: perdemos o Edson e o Régis. Brigam pela posição Bruno (Perone) e Roger. Uma vantagem para o Bruno pela questão do campo, que é, sem dúvida nenhuma, o pior gramado da Série B. Então, vai favorecer muito o jogo de força e bola aérea — explica o técnico alvinegro.

Para piorar, a ausência mais sentida será a do artilheiro da Série B, Rafael Coelho, autor de 12 gols na competição. O atacante está suspenso pela expulsão na partida contra o Bragantino.

Atacantes em débito

Tirando o goleador da Segunda Divisão, o ataque do Figueira anda em débito. Depois de Rafael Coelho, Schwenck e Clodoaldo aparecem com dois gols. Para se ter uma ideia da falta de pontaria dos atacantes alvinegros, o goleiro Wilson também balançou a rede em duas oportunidades, ambas em lance de pênalti.

Os atacantes Paulo Sérgio, Douglas e Marcelo estão na disputa por duas vagas na equipe titular. Uma oportunidade de ouro para estes jogadores que buscam se firmar entre os titulares.

— Sabemos do potencial do Rafael Coelho. Vai fazer uma falta enorme para a gente, mas eu, Marcelo e Douglas estamos treinando bem — garante Paulo Sérgio ao repórter do Diário Catarinense, Diogo D'Ávila.

O ambiente conturbado na semana no Figueirense piorou nesta sexta com a pichação do muros do Estádio Orlando Scarpelli, na noite de quinta-feira. Frases como "time sem vergonha", "Fora RF" e "Fora Ditadura, Diretas Já" estavam escritas no lado de fora do estádio. Pela manhã, funcionários do clube apagaram a pichação que reflete o descontentamento de uma parte da torcida com a atual situação do clube. Para o goleiro Wilson, um dos ídolos da nação alvinegra, os jogadores não devem se abalar com este tipo de manifestação.

— Temos que levar com naturalidade, pois faz parte da nossa profissão e não podemos deixar nos abater e não levar isso para dentro de campo. Temos que considerar como uma motivação a mais para retomar o caminho da vitória — comentou o arqueiro.

Duque embalado

O Duque de Caxias vem de uma boa sequência de resultados. Depois da derrota de 3 a 0 para o Atlético-GO, na 14ª rodada, a equipe venceu o Paraná, ABC e Portuguesa.

O treinador Rodney Gonçalves terá alguns problemas para escalar o Duque. Thiago Santos, Leo Oliveira e Roberto Lopes estão lesionados; e Gustavo Silva está suspenso. O comandante deve promover a estreia do atacante Tony, ex-Botafogo, que jogará ao lado do artilheiro da Série B, Edivaldo, que marcou 12 gols na competição. Na zaga, a novidade é Zé Carlos.

FICHA TÉCNICA

Duque de Caxias

Vinícius, Oziel, Santiago, Zé Carlos, Paulo Rodrigues; Silva, Pessanha, Bruno Moreno, Leandro Chaves; Edivaldo e Tony.
Técnico: Rodney Gonçalves.

Figueirense

Wilson; João Filipe, Toninho e Bruno Perone; Lucas, Carlinhos, Jeovânio, Fernandes e Egídio; Douglas e Paulo Sérgio.
Técnico: Roberto Fernandes.

Arbitragem: Jaílson Macedo Freitas, auxiliado por Álvaro Rocha de Matos e Adaílson Alves Pereira (trio da BA).
Horário: 16h10min
Local: Estádio Giulitte Coutinho, em Mesquita. 
No ar: A CBN/Diário transmite a partida ao vivo e o clicEsportes acompanha o jogo pelo Minuto a Minuto

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