Desde a saída de Celso Roth, na noite de 6 de abril, o Grêmio está com indefinição em relação a quem será o comandante do grupo gremista. A direção quer esperar por Paulo Autuori, do Al-Rayyan. A expectativa do clube é a de que o treinador venha para o Brasil em 17 de maio, depois do término dos seus compromissos no Catar. Para os colunistas da RBS, porém, essa demora é “perigosa” para o planejamento da equipe.

– O Grêmio corre um risco muito grande ao deixar um interino (Marcelo Rospide) respondendo pelo time no campeonato mais importante de 2009. A direção não tinha um plano B para a saída de Roth. Erraram no planejamento. Time grande tem que demitir e anunciar substituto – opina Luiz Zini Pires, colunista de Zero Hora.

Antes da chegada de Autuori, Rospide comandaria o time em mais cinco jogos, sendo dois pelo Brasileirão, contra Santos e Atlético-MG, e outros dois pelas oitavas-de-final da Libertadores, nos dias  6 e 13 de maio.

Mesmo assim, Zini acha que o Tricolor deve continuar esperando por Autuori e não apostar em outro nome, como o de Renato Gaúcho. O colunista também acredita que Rospide não tem experiência para comandar o clube neste momento.

– Acho que a direção vai ter que esperar. Mas o Grêmio corre o risco de deixar um cara que não tem grande experiência para dirigir o time no mata-mata da Libertadores. Já o Renato seria mais um técnico tampão, que iria continuar no clube dependendo da campanha – afirma Zini.

Já Nando Gross, da Rádio Gaúcha, discorda de Zini. Para ele, o Grêmio não deve esperar por Autuori e sim apostar em Renato ou na própria efetivação de Rospide.

– A conquista da Libertadores é mais importante do que a contratação de qualquer técnico. Se a direção confia no Rospide, tem que dar moral pra ele. Não dá para continuar nessa indefinição. A minha sugestão seria a contratação do Renato. Ele é bom em competições de mata-mata e mobilizaria completamente a torcida – comenta Nando. 

Para o redator Eduardo Cecconi, do blog Preleção e Entrevero, essa demora para a chegada de Autuori será prejudicial para o próprio treinador.

– O Brasileirão e a fase mata-mata da Libertadores estão prestes a começar. É momento para o time estar entrosado. Se deixar o Rospide com um tampão, o Autuori pode se ver forçado a manter o sistema tático e escalação para não quebrar o ritmo. A não ser que ele chegue e o grupo case exatamente com o que ele pensa – finalizou Cecconi.