| 18/03/2003 08h03min
Dois policiais civis apontados como suspeitos no inquérito sobre os grampos ilegais na Bahia serão ouvidos nesta terça, dia 18, pelo delegado federal Gesival Gomes da Silva, em Salvador. Os policiais seriam os informantes dos números que tiveram seus sigilos quebrados por determinação da Secretaria da Segurança Pública da Bahia.
Segundo a Polícia Federal, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) - apontado por adversários como o mandante dos grampos – não prestará depoimento nos próximos oito dias. Por ter direito a foro especial, ACM pode escolher local, dia e hora para depor. Os nomes dos policiais, que integravam a equipe especial montada pelo delegado Valdir Barbosa, não foram revelados pela assessoria de imprensa da PF.
Indiciado por falsificação de documento público e escuta ilegal, Barbosa é apontado como o principal responsável pelos grampos. Entre março e setembro do ano passado, por determinação da Secretaria da Segurança Pública, foram feitos 232 grampos na Bahia.
Em Brasília haverá nesta terça uma reunião para tratar da questão dos grampos baianos. O Conselho de Ética do Senado se reúne para decidir se acata o pedido do PT de abertura de uma sindicância para averiguar o suposto envolvimento de ACM no caso. Nesta quarta, dia 19, outros cinco policiais civis serão ouvidos. Mais cinco policiais irão depor na quinta, dia 20.
Segundo Alan Farias, assessor da Secretaria da Segurança que também foi indiciado pela prática dos mesmos crimes que teriam sido cometidos por Barbosa, todos os policiais são remanescentes da equipe montada pela ex-delegada Kátia Alves. À época dos grampos, Kátia era a secretária da Segurança Pública da Bahia. O delegado Barbosa disse que a ex-secretária será ouvida, mas ainda não marcou data para o depoimento. Kátia, que atualmente é assessora especial da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), disse que somente vai falar sobre os grampos à Justiça.
© 2009 clicRBS.com.br ? Todos os direitos reservados.