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O Iraque pediu que os Estados Unidos apresentem imediatamente qualquer prova de armas ilegais aos inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU). A medida tem como objetivo checar as acusações feitas pelo presidente americano George w. bush.
O ministro das Relações Exteriores iraquiano, Naji Sabri, também avisou a comunidade internacional de que Washington era capaz de plantar falsas provas para justificar uma invasão ao Iraque. A mensagem está em uma carta repassada ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
Os EUA pediram uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para o dia 5 de fevereiro, quando o secretário de Estado Colin Powell deve apresentar evidências de que o Iraque esteja escondendo armas de destruição em massa.
Sabri afirmou que as equipes de Monitoramento, Verificação e Inspeção da ONU (UNMOVIC, em inglês) e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) "estariam então disponíveis a iniciar imediatamente as investigações e informar ao Conselho de Segurança e à comunidade internacional o que é verdade dentro dessas alegações". Na carta, Sabri descreveu o relatório de Powell como uma "charada", ressaltando que os inspetores não encontraram nada nos locais identificados anteriormente pelos EUA e pela Grã-Bretanha como de uso para desenvolvimento de armas nucleares, biológicas e químicas. Ele afirmou que os EUA poderiam usar suas "vastas capacidades técnicas em espionagem, fabricação, fraude e corrupção para plantar provas falsas".
Washington apresentaria tais provas para o Conselho de Segurança "a fim de criar pretextos para sua atitude agressiva e forte intenção de lançar uma guerra, destruição e agressão contra outras pessoas", disse Sabri. Na quinta, dia 30, o Iraque convidou o inspetor-chefe da ONU, Hans Blix, e o diretor da AIEA, Mohamed ElBaradei, para visitar Bagdá antes da apresentação de dois relatórios ao Conselho no dia 14 de fevereiro. Essa segunda reunião deve ser crucial, caso Blix diga novamente que o Iraque não ofereceu informações suficientes.
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