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O senador José Sarney (AP) será mesmo o candidato do PMDB à presidência do Senado. O acordo foi fechado nesta quarta, dia 22, durante reunião da cúpula peemedebista realizada na residência do presidente da Casa, Ramez Tebet (MS).
– O acordo foi deflagrado. A divisão do partido não interessa a ninguém – disse Sarney, segundo sua assessoria, após conversar por quase duas horas com o presidente do PMDB, Michel Temer (SP).Ainda não está claro qual será o destino do líder do partido no Senado, Renan Calheiros (AL), que terá que desistir de sua candidatura. Até esta quinta, dia 23, quando ocorrerá o anúncio oficial do acordo, os peemedebistas discutem uma saída honrosa para o parlamentar alagoano.
Dois senadores com trânsito tanto na cúpula do partido, que apoiou o governo Fernando Henrique Cardoso, como na chamada ala oposicionista, que agora apóia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deram início na terça aos entendimentos para um acordo e foi Temer quem levou os termos para a cúpula peemedebista.
O acerto prevê a suspensão da convenção nacional do partido marcada para meados de fevereiro que iria discutir o apoio ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, e a anulação da intervenção no diretório estadual paulista.
Durante encontro da cúpula do partido, Calheiros deixou claro que pretende ter uma "saída dignificante".
A negociação para a escolha de Sarney para o comando do Congresso, como queria o Palácio do Planalto, também prevê que o deputado Geddel Vieira Lima (BA) assuma a 1ª Vice-Presidência da Câmara e o deputado Eunício Guimarães (CE), a liderança do partido na Casa.
Segundo Sarney, a presidência do PMDB não esteve em jogo durante as conversas. Este poderia ser um cargo a ser oferecido a Calheiros. A sua permanência na liderança da bancada do Senado ainda está em debate já que o senador Pedro Simon (RS) foi lançado como candidato ao cargo.
O acordo para a presidência do Senado havia sido anunciado mais cedo por Temer, mas não o seu conteúdo, embora tivesse sinalizado a possibilidade de desistência de um dos lados. Na ocasião, o presidente do partido falou na importância da unidade partidária.
Na terça, Calheiros havia dado o prazo de 48 horas para se chegar a uma solução para o impasse em torno da candidatura do PMDB à presidência do Senado. Na sua argumentação, era fundamental que o candidato do partido tivesse a próxima semana para negociar a campanha com os demais partidos.
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