O dólar deixará de ter cotação oficial na Argentina a partir desta quinta, dia 26. A decisão atende ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que exigiu ao governo do presidente Eduardo Duhalde a suspensão de qualquer controle sobre o câmbio.

Esta é mais uma das condições do Fundo atendidas pelo governo argentino, na esperança de fechar um acordo financeiro com a instituição. Permanecem, no entanto, os limites máximos de aquisição e venda de dólares.

O governo Duhalde adiou por meses essa medida, temendo nova disparada da moeda americana, que em abril chegou à cotação de quatro pesos. Atualmente, o dólar no mercado livre é vendido a 3,49 pesos, um dos menores valores em sete meses.

Com esse anúncio, o ex-economista do JP Morgan, Alfonso Prat-Gay, debuta no comando do BC, que assumiu em substituição a Aldo Pignanelli. O BC criou o dólar oficial há 10 meses, como forma de intervir no mercado varejista da moeda e, assim, evitar as costumeiras distorções entre o preço da venda do dólar no atacado e no varejo. Na última terça, dia 24, a cotação de compra no mercado livre ficou um centavo abaixo da oficial (3,50 pesos), o que tornou o dólar oficial desnecessário.