| 20/12/2002 08h35min
Líderes da oposição na Venezuela desafiaram uma decisão do Supremo Tribunal e decidiram nessa quinta, dia 19, manter a greve contra o presidente Hugo Chávez, prorrogando a paralisação para o 19º dia. O Supremo Tribunal da Venezuela ditou na quinta-feira uma medida cautelar que ordena o fim da paralisação na estatal petrolífera, a PDVSA.
A greve contra Chávez, que começou em 2 de dezembro para pressionar o presidente a renunciar e convocar eleições imediatas, tem afetado dramaticamente a indústria petrolífera, vital para a economia do país. As exportações do óleo na Venezuela – quinto maior exportador mundial do produto – correspondem a metade dos recursos do Estado.
– Eleições já, nenhum passo atrás. A ação cívica continua, a greve nacional ativa continua – disse Carlos Fernández, presidente da principal entidade empresarial do país, a Fedecámaras, uma das organizações que lideram o protesto.
Já o presidente do maior sindicato venezuelano, a Confederação dos Trabalhadores da Venezuela, Carlos Ortega, afirmou que "o povo continuará na rua, continuará na rua até que o ditador vá embora de uma vez por todas''. Ortega convocou os adversários de Chávez a realizar uma grande passeata na capital, chamando-a de "tomada de Caracas''. Os líderes opositores rejeitaram a medida cautelar da Justiça, afirmando que a greve continuará na indústria petrolífera. As informações são da agência Reuters.
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