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 | 19/12/2002 08h34min

Chávez promete defender a sua revolução

Ignorando uma ordem da Corte Suprema para devolver o controle da polícia local à prefeitura de Caracas, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, prometeu nesta quinta, dia 19, defender a sua revolução. Chávez, que enfrenta uma greve geral que já dura 18 dias, prometeu também limpar a estatal PDVSA daquilo que chamou de "elite petroleira golpista''.

O discurso foi feito horas depois de a Justiça ordenar ao governo que devolva o comando da polícia metropolitana da capital ao prefeito Alfredo Pena, um opositor. O governo nacional assumiu essa polícia no mês passado, temendo que ela se rebelasse contra o presidente. A medida acabou sendo um dos pretextos para a greve geral. A paralisação atingiu em cheio a indústria petroleira, vital para a economia venezuelana.

Chávez já mandou tropas para garantir o funcionamento de refinarias e portos e demitiu vários diretores da PDVSA, mas agora promete fazer uma limpeza total, como aconteceu nas Forças Armadas depois que ele sobreviveu a um golpe, em abril. A oposição anunciou a realização de mais passeatas, manifestações e bloqueios rodoviários. A greve geral não tem prazo para acabar. O presidente é acusado de arruinar a economia venezuelana e de tentar estabelecer um regime comunista, inspirado em Cuba.

Em um discurso típico, recheado de referências a Jesus e a Simón Bolívar, Chávez prometeu durante a madrugada a milhares de simpatizantes que vai defender seu mandato, que acaba em 2007.

– Ninguém pode parar a Venezuela. O povo está na rua e vai continuar na rua, defendendo sua revolução, defendendo sua democracia, defendendo seu governo legítimo – disse Chávez à multidão

A oposição quer que Chávez convoque um referendo sobre o fim antecipado de seu governo. O presidente diz que a Constituição só prevê esse recurso a partir da metade de seu mandato, em agosto de 2003. Como nenhum dos dois lados demonstra intenção de ceder, cresce o temor de que haja violência generalizada. Em abril, mais de 60 pessoas morreram nos tumultos. As informações são da agência Reuters.  

Kimberly White / Reuters

Presidente venezuelano promete que vai concluir mandato
Foto:  Kimberly White  /  Reuters


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