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O Senado aprovou nesta quarta, dia 18, com folga, o nome do deputado federal eleito pelo PSDB de Goiás, Henrique Meirelles, para presidir o Banco Central a partir de 1º de janeiro. Os parlamentares repetiram, no entanto, o debate político sobre a indicação de uma banqueiro ainda filiado ao PSDB para o BC no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além disso, o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) fez questão de repetir toda a argumentação apresentada na véspera, na sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), sobre supostas irregularidades praticadas pelo BankBoston na época da flutuação do real, em 1999, quando Meirelles era seu presidente mundial.
Para Barros, a escolha do PT atende a "um chamado do mercado", mas o senador acredita que isso não deveria se sobrepor às investigações. Na noite de terça, durante sabatina dos senadores, Meirelles refutou as acusações, dizendo que nenhuma irregularidade foi comprovada e que ele não tinha ingerência direta sobre as operações do banco no Brasil na ocasião.
Já o senador petista José Eduardo Dutra (SE) e o líder do partido na Casa, Eduardo Suplicy (SP), defenderam Meirelles e disseram acreditar que a postura de Barros é pessoal e não partidária.
Trinta e nove senadores votaram a favor da indicação, 12 contra e a única abstenção foi a do senador Jeffereson Péres (PDT-AM), que reafirmou ter dúvidas sobre a adequação de Meirelles para o cargo. Como na sessão da CAE, a senadora Heloisa Helena (PT-AL), que tinha resistências ao nome de Meirelles, não compareceu para votar.
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