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Um grupo de 30 militares e uma tripulação estrangeira tomaram neste domingo, dia 15, o controle do navio Pilín León, o primeiro petroleiro a aderir à greve na Venezuela, que entrou em seu 14º dia. O chefe de máquinas do navio, David Salazar, disse à rede de televisão Globovisión que, aparentemente, o novo capitão trazido pelos militares era indiano.
O Pilín León e outros petroleiros estão ancorados no Lago Maracaibo, 500 quilômetros a oeste de Caracas, impedindo a exportação de petróleo. Os militares abordaram fortemente armados o navio que tem 44 milhões de litros de gasolina. Esta é a segunda abordagem militar sofrida pelo Pilín León. No dia 7 um outro comando da Marinha tentou tomar seu controle, mas foi forçado a sair por causa de um amparo judicial em favor da tripulação.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou neste domingo importação de combustível e alimentos para garantir o abastecimento no país. Em seu programa dominical, Chávez informou sobre a chegada ao país de um avião Hérculescheio de leite procedente da Colômbia e de dois petroleiros com gasolina das Ilhas Virgens.
A companhia estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) está sendo duramente afetada pela greve. Chávez admitiu que 8 milhões de barris de petróleo estão armazenados em depósitos locais, mas assegurou que outros 2 milhões foram exportados, apesar da greve, que atinge o quinto maior exportador mundial de petróleo.
Chávez continua enfrentando pressões de dentro e de fora do país para que convoque eleições antecipadas. Pelo menos 500 mil pessoas participaram de uma grande manifestação da oposição em Caracas, no sábado, para pedir sua renúncia. Os EUA, principal comprador do petróleo venezuelano, fizeram um pedido oficial para que Chávez convoque eleições antecipadas.
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