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Os organizadores da greve geral, que há 12 dias afeta a economia da Venezuela, exigiram nesta sexta, dia 13, que o governo reintegre aos cargos os executivos da estatal petroleira PdVSA demitidos por participarem do movimento. Em uma madrugada tensa, a polícia usou gás lacrimogêneo para evitar o choque entre duas manifestações rivais: pelos duas pessoas saíram feridas do embate entre simpatizantes e opositores do presidente Hugo Chávez, no centro da Capital Caracas.
A paralisação teve início no último dia 2. Chávez é pressionado a antecipar as eleições ou renunciar ao cargo de governte máximo venezuelano. A principal fonte de riqueza do país, a indústria petrolífera – quinto maior mercado exportador do mundo –, viu-se fortemente afetada. O abastecimento está prejudicado, e os litros de combustíveis ainda encontrados nos postos são disputados por filas imensas de consumidores em toda a Venezuela.
Em uma tentativa desesperada, o presidente tentou garantir a distribuição de combustível com a presença de tropas militares, mas a falta de funcionários especializados impede a operação normal das refinarias. Nessa quinta, quatro diretores da PDVSA que participavam da greve foram dispensados. Os mesmos haviam sido demitidos em abril, num incidente que acabou levando a um golpe de Estado que afastou Chávez do poder por dois dias.
– Continuamos em greve até que nossos colegas demitidos tenham seu emprego de volta. Continuamos em greve até que o presidente renuncie – garantiu Juan Fernandez, ex-diretor de planejamento da estatal, durante uma reunião dos grevistas.
Ainda nessa quinta, um coronel e um major do Exército foram à televisão para acusar Chávez, um ex-coronel, de estar envolvendo as Forças Armadas na política. Eles fazem parte de um grupo de cerca de cem oficiais, nenhum deles comandante de tropas, em rebelião pacífica contra o presidente. Até agora, porém, não há sinais de que os quartéis preparem um golpe militar.
A crise na Venezuela já afetou os principais mercados do mundo e atingiu os carregamentos de combustível que deveriam ir para os Estados Unidos, principal cliente do país.
As informações são da agência Reuters.
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